terça-feira, 20 de dezembro de 2016

chegou o livro impresso!

Já está disponível para aquisição a versão impressa do livro A prática da meditação integrativa na terceira idade: um estudo sobre educação popular em saúde e espiritualidade. O livro foi editado pela ONG Círculo de São Francisco, onde nasceu a meditação integrativa. O livro tem 268 páginas e seu preço é de apenas R$ 60,00. Um ótimo presente para se dar neste natal!
O livro apresenta a cosmovisão que orienta o trabalho da ONGCSF e como nasceu a Animagogia e também a Meditação Integrativa, além de apresentar um estudo sobre sua prática junto a um grupo de idosos médiuns, atuantes em centros espíritas, terreiros de umbanda, de forma independente e também na própria ONG.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

O erro de Morin


Adilson Marques - asamar_sc@hotmail.com

Edgar Morin, considerado um ateu convicto, é um crítico do chamado "paradigma cartesiano", que seria reducionista e simplificador, separando corpo e espírito, homem e natureza, entre outras disjunções. Contra esse paradigma propõe o da "complexidade". Porém, sua complexidade se mostra reducionista, sobretudo, quando se refere à noosfera, um dos temas principais do pensamento de Teilhard de Chardin e outros autores espiritualistas, como é o caso do brasileiro Ernani Maria Fiori. Para estes, a noosfera se refere a uma realidade espiritual ou transcendente e, um pensamento realmente complexo, levaria isso em consideração. Mas não é o caso de Morin. Em seu livro o Método 4, no qual aprofunda sua leitura sobre a noosfera, afirmará que é nela que habitam os mitos, os deuses e os espíritos. Morin chega a descrever uma reunião mediúnica onde um exu se manifesta. Ele diz que o exu realmente toma o corpo e a mente do médium, mas vai concluir que tudo não passa de criação do cérebro do médium e quando esse morrer, o exu morrerá junto. Em resumo, a dimensão espiritual ou noosfera, para Morin, é semelhante ao que o movimento que identifico como neurocientismo pensa. Ou seja, que tudo aquilo que as doutrinas religiosas e as filosofias espiritualistas associam ao transcendentalismo não passaria de uma criação do cérebro. Em outras palavras, o mundo espiritual seria apenas o fruto de uma função bio-química criada pelo cérebro e se desmancharia com a morte física. 
Contraditoriamente, é o "paradigma cartesiano" que se mostra complexo, pois além de apontar para a existência real do espírito, afirmando que o mesmo sobrevive à morte física, durante a encarnação não é possível separar o que é o espírito (que não é possível dividir) e o corpo (que é divisível), escreve Descartes.
De forma paradoxal, a complexidade de Morin é reducionista, pois reduz toda a riqueza da vida espiritual a uma mera criação cerebral, nada mais do que o reducionista pensamento empírico sempre fez.

São Carlos, 15 de dezembro de 2016 - dia de Santa Virgínia que, viúva aos vinte anos de idade e com duas filhas para cuidar, também se dedicava a assistência aos marginalizados, aos idosos e aos doentes, exemplificando uma vida de real complexidade motivada pela fé .

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Perdão, Descartes!


Adilson Marques - asamar_sc@hotmail.com

Em 2003 na minha tese de doutorado e em 2009, na primeira edição do livro Imaginário, História Oral e Transcendentalismo, eu cometi um erro crasso. Sem ir às fontes, confiei cegamente no senso comum científico e reproduzi as críticas que Capra, Boaventura de Souza Santos, Eduardo Subirats, Edgar Morin e outros fazem à Descartes. Confesso que só fui ler o que este "último dos vedantas modernos do ocidente", conforme o classificou Ken Wiber, em 2016. Mas, felizmente, deu tempo de corrigir esse erro em meu relatório de pós-doutorado, separando o que se chama rotineiramente de "paradigma cartesiano" do que realmente Descartes escreveu.
Meu primeiro contato com a obra de Descartes foi com o texto "meditações", publicado em 1641. Esperando encontrar um texto ateísta, materialista, mecanicista, positivista etc., sou surpreendido por uma pessoa religiosa, mas descontente com o pensamento escolástico medieval e com o empirismo crescente no mundo moderno, querendo provar, racionalmente, a existência de Deus. Para tanto, inicia, como Santo Agostinho, duvidando de tudo e concluindo que por pensar, ele existe. Em seguida, apresenta argumentos para demonstrar que o espírito existe e sobrevive à morte física. Em seguida, demonstra a existência de Deus e do mundo material.
E afirma que, durante a encarnação do espírito, este se mistura de tal forma ao corpo que não dá para distinguir o que é de um e o que é do outro, afirmando ainda que o pensamento que manifestamos está permeado pela imaginação e pelo sentir. Esse argumento desconstrói todo argumento de quem vê em Descartes uma separação radical entre pensamento e emoção, pensamento e imaginação ou entre espírito e corpo.
Descartes realmente pode ser visto como um vedanta ocidental em plena expansão da modernidade, pois sua visão sobre a felicidade é similar a que Krishna ensina para Arjuna na Baghavad Gita, demonstrando uma grande devoção a Deus e manifestando sua opinião de que seremos felizes se acolhermos todas as vicissitudes da vida, sejam as positivas ou as negativas. E em suas cartas trocadas com a princesa Elisabeth, parece agir como um terapeuta psicossomático diante das queixas dela com os médicos que não descobrem a causa de suas doenças. Afirmando a relação entre alma e corpo sugere a princesa que busque os "remédios da alma".
Enfim, nada contra fazer como os autores acima e identificar como "paradigma cartesiano" a tendência em separar sujeito e objeto, matéria e espírito etc. Porém, assim como Marx não foi marxista ou Epicuro não foi epicurista, Descartes também não foi cartesiano. Eu agora entendi e peço desculpas a ele por não ir à fonte e acreditar cegamente no senso comum dos cientistas.
São Carlos, 13 de dezembro de 2016 - dia de Santa Luzia, considerada protetora dos olhos (e que também nos abre os olhos diante dos erros) 

sábado, 3 de dezembro de 2016

Em uma semana, mais de 300 acessos!

Há exatamente sete dias, começamos a divulgação do e-book baseado no relatório de pós-doutorado apresentado ao Departamento de Metodologia de Ensino, da UFSCar, na linha de pesquisa Práticas Sociais e Processos Educativos.
O E-book pode ser consultado ou ter copiado para o computador a partir de três locais na internet, podendo a pessoa escolher aquele que desejar: o ISSUU, o Scribd e o facebook.
No ISSUU é mais adequado para quem desejar ler na internet, pois o arquivo foi elaborado para facilitar a consulta nesse site. Ao abrir o arquivo no módulo tela cheia, ele fica no tamanho adequado para uma leitura agradável. O link para acessar é o seguinte:
https://issuu.com/programahomospiritualis/docs/meditacao-integrativa__2_
Por sua vez, quem deseja fazer o download do livro tem duas alternativas. No facebook, o arquivo se encontra na pasta Arquivos, acessível através do link: https://www.facebook.com/groups/176900859151358/files/ e, no scribd, para quem tem conta nele, o link é: https://pt.scribd.com/document/28529538/A-pratica-da-meditacao-integrativa-na-terceira-idade.
O livro tem 286 páginas e várias fotos relacionadas aos quinze anos de prática e cursos de Meditação Integrativa realizados em várias cidades brasileiras e de outros momentos da história do Programa Homospiritualis e da ONG Círculo de São Francisco.